Uma grande quantidade de plásticos e microplásticos foram encontrados no intestino de uma ave de rara incidência no Brasil encontrada em Praia Grande . O pardelão-prateado é originário da Antártica e apareceu no litoral de São Paulo no mês de setembro.
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A ave foi resgatada pela Unidade de Estabilização de Praia Grande e enviada para o Instituto Gremar, em Guarujá, onde recebeu atendimento. O pardelão-prateado (Fulmarus glacialoides) apresentava quadro acentuado de anemia e veio à óbito pouco tempo depois.
Após o exame de necropsia, o Gremar divulgou que foi encontrado uma grande quantidade de resíduos sólidos no trato gastrointestinal da ave, como microplásticos de coloração variada e plásticos rígidos – ou seja, restos de produtos descartados inadequadamente no mar.
De acordo com o instituto Gremar, materiais como plásticos, vidros, borrachas e até resto de papéis são levados pelas marés e causam óbitos de animais marinhos com relativa frequência. A ação é resultante do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).
Pardelão-prateado
Da família dos Procellariiformes e comumente encontrada nos oceanos polares, a ave tem ocorrência extremamente baixa no país, ainda que existam registros isolados pela costa, especialmente durante o primeiro semestre do ano.
Projeto de Monitoramento de Praias
O PMP-BS é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Gremar monitora o Trecho 9, compreendido entre São Vicente e Bertioga.
Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 ou (13) 99711 4120.