Praia Grande lidera ranking de "gatos" de energia elétrica na Baixada

Entre as cidades com mais fraudes encontradas nos oito primeiros meses do ano, PG lidera o ranking com 1.987 ocorrências, seguida por São Vicente e Santos.

Locais inspecionados tinham irregularidades que representam uma recuperação de energia equivalente ao consumo de 270 residências em um mês.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Locais inspecionados tinham irregularidades que representam uma recuperação de energia equivalente ao consumo de 270 residências em um mês.


A cidade de Praia Grande liderou o ranking de fraudes e furtos de energia, os chamados  "gatos" , durante os meses de janeiro a agosto de 2022 entre cinco municípios da Baixada Santista . No total, a CPFL Piratininga identificou e regularizou 6.258 ligações clandestinas . O número foi 31,6% menor que o mesmo período de 2021, quando a empresa encontrou 9.154 fraudes.

Por uma questão de segurança da população, além de instabilidade no fornecimento de energia e perda de arrecadação de impostos importantes para manter serviços públicos no município, a empresa investe fortemente para melhorar os índices de energia fraudada em suas cidades de atuação.

Para Victor Rios Silva, gerente de Recuperação de Energia da CPFL, "o resultado é fruto de uma estratégia de longo prazo e faz parte do trabalho contínuo da empresa, com investimentos em novas tecnologias, treinamento de equipes e processo de monitoramento e análise.”

Na região, entre as cidades com mais fraudes encontradas nos oito primeiros meses do ano, Praia Grande lidera o ranking com 1.987 ocorrências, seguida por São Vicente (1.699) e Santos (1.347).

Para os projetos de blindagem, medição e regularização de clientes clandestinos, a CPFL prevê um investimento de mais de R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos, o maior valor voltado para ações contra furtos e fraudes realizado pela concessionária.

Entre as ações da companhia para minimizar os impactos do furto de energia, está a instalação de caixas blindadas que permitem apenas o acesso de técnicos da CPFL e possuem medidores inteligentes, com o consumo lido de maneira digital, à distância. Assim, a empresa evita a reincidência da irregularidade, diminui o número de inspeções necessárias e, por consequência, de regularização.

Além das caixas blindadas, a empresa investe fortemente em inteligência artificial e sistemas com geração de alarmes para direcionamento de inspeções, o que resulta em maior assertividade do trabalho da distribuidora em seus processos de monitoramento e análise. Deste modo, a companhia consegue preventivamente identificar possíveis variações no consumo de energia que indiquem perdas comerciais. Além dos investimentos em processos, o grupo também trabalha em conjunto com os órgãos públicos e as autoridades policiais para coibir a prática de fraudes e furtos.