O parataekwondo praia-grandense, Nathan Torquato , entrou para a história do esporte brasileiro ao se tornar o primeiro campeão paralímpico da modalidade, que estreou nesta edição na programação do evento. O jovem paratleta de 20 anos venceu todas suas quatro lutas que disputou em Tóquio conquistando assim a medalha de ouro na categoria K44 (limitação de apenas um lado do corpo, braço ou perna) até 61 kg.
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O praia-grandense estreou vencendo Parfait Hakizimana, do time de refugiados, por 27 à 4. Nas quartas de final, derrotou o japonês, Mitsya Tanaka, por 58 à 24. Já na semifinal, Nathan abriu boa vantagem diante do italiano Antonio Bassolo no início do combate, fator fundamental pois, precisou segurar o ímpeto do adversário no último assalto.
Na decisão, Nathan encarou o egípicio Mohamed Elzayat. A luta terminou pouco tempo após o início, já que o oponente não tinha condições físicas adequadas por ter recebido um golpe proibido na cabeça na semifinal. O brasileiro pode então festejar a conquista da tão sonhada medalha de ouro.
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Melhor das Américas
Nathan é natural de Praia Grande e reside atualmente no Bairro Tupi. Sofre de uma dismelia de nascença no braço esquerda. Iniciou na modalidade aos 3 anos, na Academia Red Tiger (Boqueirão), com o mestre Daniel Ravazzani. Aos 7 anos, passou a competir e lutou com atletas sem deficiência até os 15 anos.
Em janeiro deste ano, devido os sólidos resultados dentro dos tatames, Nathan foi eleito o melhor parataekwondo das Américas. A votação ocorreu através da revista especializada Mundo Taekwondo. O atleta praia-grandense venceu com esmagadora diferença, 72,78% dos votos, enquanto o segundo colocado, Diego Garcia, do México, ficou com apenas 11,24% da preferência dos votantes.
Título
Em junho, o praia-grandense não ofereceu a mínima chance para os adversários e conquistou o título do Campeonato Panamericano da modalidade. A competição ocorreu em Cáncu, no México.
Nathan deu show no Panamericano. Na caminhada até o título, o melhor ficou para a final. Na decisão contra o mexicano Diego Garcia, atleta da casa, o brasileiro garantiu o lugar mais alto do pódio com um potente chute no peito do oponente. O golpe deferido com precisão valeu o nocaute técnico.