Filhotes foram encaminhados ao Centro de Pesquisa e Triagem de Animais Selvagens (CEPTAS)
Reprodução/Prefeitura de Praia Grande
Filhotes foram encaminhados ao Centro de Pesquisa e Triagem de Animais Selvagens (CEPTAS)


Três filhotes de saruê ou gambá-de-orelha-preta foram resgatados por uma equipe da Guarda Ambiental de Praia Grande , no Bairro Quietude. Um morador do bairro passava por uma área de mangue quando se deparou com a mãe na vegetação, já sem vida, e notou que os filhotes estavam vivos, acionando o grupamento pelo 153.

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De acordo com o GCM Ferraz, encarregado da ocorrência, ao chegar no local foi constatado que a saruê da espécie Didelphis aurita já estava sem vida, provavelmente morta por algum predador. Porém, três filhotinhos estavam na bolsa ventral, onde se mantinham aquecidos e alimentados.

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“É muito comum o saruê ser vítima de predadores maiores, como cachorros domésticos inclusive, já que são comuns em áreas urbanas próximas a vegetação”. Uma outra possibilidade é que a mãe tenha sido vítima de maus tratos, pela ação humana.

A explicação para que os três filhotes tenham sobrevivido pode ser o fato de que, ao nascerem, ainda malformados como fetos, eles migram da barriga da mãe até a bolsa ventral, e ali permanecem por aproximadamente 70 dias amamentando-se. “São animais bem resistentes e pode ser que estivessem nessas condições há mais de um dia. Por sorte, o morador percebeu a situação e nos acionou”.

Os filhotes foram encaminhados ao Centro de Pesquisa e Triagem de Animais Selvagens (CEPTAS), em Cubatão, onde permanecerão em reabilitação para posterior soltura no habitat natural.

De acordo com o GCM, esses animais não fazem mal a ninguém. “Pelo contrário, contribuem para a dispersão de sementes, tornando-se peça importante para o equilíbrio ecológico. São ainda nossos aliados contra a doença do carrapato pois um único indivíduo pode eliminar cerca de 4.000 carrapatos por semana”.

Ele lembrou ainda que é importante as pessoas nunca tentarem manusear animais silvestres caso se deparem com algum. A recomendação é para que sempre acionem a Guarda Ambiental pelo telefone 153. “Embora não sejam perigosos, podem estar assustados, machucados, e agir por instinto, ferindo alguém”.

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