O leite materno ajuda a reduzir a mortalidade dos bebês e protege contra infecções e outras enfermidades
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O leite materno ajuda a reduzir a mortalidade dos bebês e protege contra infecções e outras enfermidades

No mês do Agosto Dourado , período que simboliza o incentivo ao aleitamento materno , e no Dia Mundial da Amamentação , celebrado nesta segunda-feira (1º) , Praia Grande alcança uma marca histórica . O Posto de Coleta de Leite Humano da Cidade superou 100 litros de leite materno recolhidos desde o início dos trabalhos, em fins de janeiro. São mais de 100 mães cadastradas que têm auxiliado doando o seu próprio leite para bebês prematuros ou de baixo peso que estão internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal do Complexo Hospitalar Irmã Dulce.

Para a coordenadora do Posto de Coleta de Leite Humano, Nathamy Jannuzzi, o resultado é fruto da união de empenho da equipe envolvida no projeto e também das mães, que estão comprometidas com a causa. “Estamos muito felizes em ter alcançado essa marca com tão pouco tempo de serviço, isso representa muito para a equipe que se esforça diariamente. E, mais do que nosso empenho, é o esforço da mãe que está em casa, em uma nova rotina, com bebê pequeno, muitas são mães de primeira viagem, e ainda assim conseguem doar. É uma atitude muito nobre delas. Temos muitas mães doando e esse número cresce a cada dia”, destaca.

“Esse resultado é uma verdadeira conquista da população de Praia Grande. Um ato simples poder doar, mas que salva muitas crianças. E com esse serviço conseguimos reduzir indicadores de mortalidade infantil, proporcionando também um acompanhamento mais adequado da população a partir da Atenção Básica. E não paramos por aí, em uma próxima etapa vamos montar um posto de coleta no Hospital Irmã Dulce, na própria maternidade vai ser possível disponibilizar o leite para os bebês que necessitarem”, afirma o secretário de Saúde Pública de Praia Grande, Cleber Suckow Nogueira.

Esse serviço é muito importante para a saúde dos bebês, pois o leite humano ajuda a prevenir uma série de doenças e complicações no desenvolvimento deles. “Qualquer volume de leite doado para a gente é fundamental porque cada mililitro é um bebê que conseguimos alimentar na UTI Neonatal, cada gotinha daquele leite salva vidas”, diz Nathamy, que também é especialista em obstetrícia pelo Hospital Albert Einstein.


Como doar


Quem quiser doar só precisa entrar em contato com o Acolhe PG pelo número 3496-5262, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, por ligação ou mensagem. A equipe vai orientar a doadora e fazer um pré-cadastro. Em seguida é agendada uma visita na casa da mãe, aonde as técnicas do posto levam um kit para a coleta do leite e são fornecidas todas as orientações para a realização da ordenha. E uma vez por semana a equipe passa na casa da mãe para retirar o leite coletado e entregar um novo kit higienizado.

O Posto de Coleta de Leite Humano de Praia Grande também tem uma sede física para as mamães que desejarem doar o leite no local ou mesmo tirar dúvidas presencialmente com a equipe, composta por médico pediatra, enfermeiro e nutricionista. O posto fica no Centro Especializado em Reabilitação (CER), na Av. Dr. Roberto de Almeida Vinhas, 8813, Mirim, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 17h.

O leite doado é armazenado em caixas térmicas com temperatura adequada e encaminhado para o Banco de Leite Humano de Peruíbe, parceiro neste projeto. No local são feitas análises físico-químicas e microbiológicas e o leite é pasteurizado (processo térmico que garante a qualidade do leite e mata microorganismos que poderiam causar doenças), antes de ser encaminhado para a UTI neonatal do Complexo Hospitalar Irmã Dulce.


Serviços municipais


Outro serviço importante de Praia Grande é o Disque Amamentação, desenvolvido pelo Acolhe PG. Trata-se de um canal direto com profissionais capacitados em tirar dúvidas a respeito do tema. O objetivo é reforçar a importância do aleitamento materno para manter os bebês saudáveis e diminuir a mortalidade infantil.

Leite é levado para bebês na UTI Neonatal no Hospital Irmã Dulce
Fred Casagrande/Arquivo
Leite é levado para bebês na UTI Neonatal no Hospital Irmã Dulce



O atendimento ocorre pelo telefone 3496-5262 de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, por ligação ou mensagem. Nesse período, pediatras, nutricionistas, fisioterapeutas e demais profissionais capacitados em aleitamento materno estão à disposição para orientar as munícipes e profissionais da rede que necessitem apoio técnico. E nos casos em que a dúvida indique um acompanhamento presencial, a paciente é encaminhada pelo próprio serviço para a sua Usafa ou para o Posto de Coleta de Leite Humano.

Mais recentemente, o Acolhe PG tem feito uma abordagem junto às mamães logo após a alta hospitalar. Além do encaminhamento para a Usafa, a equipe do Acolhe PG faz um contato para tirar dúvidas sobre a amamentação e também oferecer o serviço de coleta de leite humano. Esse acompanhamento ocorre também em outros períodos até os três meses do parto, visando evitar o desmame precoce.
O Acolhe PG atende ainda pacientes que necessitam de transporte para tratamento de saúde, agendamentos e informação sobre consultas e exames, acompanhamento de gestantes de risco, além do atendimento e monitoramento dos casos suspeitos e confirmados da covid-19. Esse serviço em específico funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados, domingos e feriados das 8h às 17h. O atendimento ocorre pelos telefones 162 e 3496-2281.


Agosto Dourado


O mês do Agosto Dourado reforça a importância de amamentar as crianças. A cor dourada foi incorporada à campanha devido ao padrão ouro de qualidade do leite humano para a saúde das crianças.

No 1º de agosto é celebrado do Dia Mundial da Amamentação, comemorado dentro da Semana Mundial de Aleitamento Materno, de 1º a 7 de agosto. Em Praia Grande a data também é celebrada, através da lei nº 998/1997. Nas Unidades de Saúde da Família (Usafas) estão sendo organizadas uma série de atividades relacionadas à amamentação durante o mês de agosto.

A amamentação é recomendada pelo Ministério da Saúde para crianças pelo menos até dois anos ou mais, sendo, de maneira exclusiva, até os seis meses. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), cerca de 6 milhões de vidas são salvas todos os anos devido ao aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade.

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